quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Nota de Parabenização


"Ser médico...
Dar de si profundamente
Sentir a dor do doente
Compreender a sua sorte
é doar se por inteiro ...
É romper o noveio
Que separa vida e Morte "
Drª Murita Sampaio.

Parabéns A todos os Médico pelo seu dia.18 de outubro dia do médico

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Para Refletir



Vale a pena saber!

Existem muitas teorias sobre a felicidade, mas esta aparece sempre associada a uma vida saudável, uma vez que os baixos níveis de satisfação correspondem a uma maior mortalidade, enquanto que as pessoas felizes são mais otimistas e vivem de forma mais saudável, praticam mais exercício físico e participam em atividades sociais. Está comprovado que as emoções e pensamentos positivos contribuem para uma recuperação mais rápida em caso de doença, promovendo uma vida mais longa em situações incapacitantes.
Está comprovado que a felicidade estimula o sistema imunitário, aumentando o número de leucócitos. Em 2003 Alper, Cohen, Doyle, Skoner e Turner realizaram um estudo em que constataram que um terço dos participantes menos felizes tinha mais 2,9 vezes de probabilidade para se constiparem do que as pessoas felizes. As pessoas com doença oncológica com pensamentos positivos têm maiores níveis de células assassinas, as que destroem as células cancerosas, uma produção inferior de hormônios de stress: epinefrina e cortisol, hormônios estes que são prejudiciais para o sistema imunitário.


Hérnia de Disco

A palavra hernia significa projeção ou saída através de uma fissura ou orifício, de uma estrutura contida. O disco intervertebral é a estrutura cartilaginosa que fica entre uma vértebra e outra da coluna vertebral. Ele é composto de uma parte central, chamada núcleo pulposo ou liquido viscoso, de uma parte periférica composta de tecido cartilaginoso chamado anel fibroso e de uma parte superior e inferior chamado placa terminal. Portanto, a hérnia de disco é a saída do liquido pulposo através de uma fissura do seu anel fibroso. A extrusão do núcleo pulposo pode provocar uma compressão nas raízes nervosas correspondentes a hernia de disco ou a protrusão. Esta compressão poderá causar os mais diversos sintomas.

A placa terminal fica entre o disco e a vértebra supra e subjacente. Com a degeneração destas estruturas, os líquidos poderão migrar para os corpos vertebrais. O início deste processo é chamado de Modic tipo I. Alguns autores afirmam que este processo inflamatório e degenerativo na placa terminal pode causar dores na coluna vertebral.

Tipos:
Protrusas: quando a base de implantação sobre o disco de origem é mais larga que qualquer outro diâmetro.
Extrusas: quando a base de implantação sobre o disco de origem é menor que algum dos seus outros diâmetros ou quando houver perda no contato do fragmento com o disco.
Seqüestradas: quando um fragmento migra dentro do canal, para cima, para baixo ou para o interior do forâmen.

Causas:
Fatores hereditários são os que mais provocam hérnia de disco, no entanto traumas de repetição no trabalho e no esporte, traumas direto, o fumo e a idade avançada também são motivos de lesões degenerativas. O sedentarismo é um fator determinante para dores nas costas oriundas da hérnia de disco e de outras doenças, pois as pesquisas comprovam que a atividade física qualitativa para coluna é um fator de extrema importância para melhora e prevenção das dores nas costas.

Tratamento:
 É um programa fisioterapêutico que utiliza técnicas de Fisioterapia Manual, mesa de tração eletrônica, mesa de descompressão dinâmica. Estabilização Vertebral e Exercícios de Musculação. Ele visa melhorar o grau de mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão no complexo disco vértebras e facetas, dando espaço para nervos e gânglios, fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da coluna lombar, cervical, quadril e ombro.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Artrite


Artrites e artroses constituem um problema de saúde que as pessoas atribuem ao envelhecimento. “Ah, com a idade vem o reumatismo”, queixam-se os mais velhos quando sentem dores nas articulações ou presentam alguma deformidade característica dessas doenças.

Embora predominem nas pessoas acima dos 60/70 anos, crianças, jovens e adultos não estão livres delas. A artrite reumatoide  por exemplo, acomete pessoas de qualquer idade, atletas podem ter artrose e a febre reumática se manifesta especialmente em crianças depois de uma infecção de garganta.

É uma doença inflamatória que atinge uma ou mais articulações e pode ter caráter agudo ou crônico. Existem vários tipos de artrite, como a artrite psoriática, artrite reumatóide, osteoartrite, artrite infecciosa, etc. As artrites atingem cerca de 10% da população masculina mundial e 15% das mulheres. Esses números aumentam com o passar da idade, sobretudo após os 70 anos de idade.


As causas básicas da artrite são inflamações que acometem as articulações. Elas podem ter causas auto-imunes (como na artrite reumatóide), infecciosas (como na artrite séptica ou infecciosa) ou mecânicas (como na osteoartrite). Pessoas em risco incluem pacientes obesos, mulheres e indivíduos com caso de artrite na família, sobretudo casos auto-imune. Os sintomas básicos são os mesmos de uma inflamação: dor, calor, rubor e inchaço. Com a progressão da doença, há deterioração dos componentes moles da articulação, com perda do movimento e rigidez.


O diagnóstico normalmente é feito por testes de imagem ou laboratoriais. O tratamento é feito com base no uso de antiinflamatórios, analgésicos, imunomoduladores e corticosteróides. Em alguns casos, a cirurgia também é indicada. Plantas medicinais e medicamentos homeopáticos com ação antiinflamatória também são úteis no controle da artrite.

Como medidas preventivas indicam-se a prática de exercícios físicos, controle da pressão sanguínea, alimentação saudável e controle do peso.  Consulte sempre o seu médico para saber qual o melhor tratamento e abordagens necessárias para controlar a artrite e seus sintomas.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Osteogênese imperfeita


"Doença dos ossos de vidro"

É uma doença de origem genética que provoca alterações na produção de colágeno. É detectada facilmente: manifesta-se através de um movimento brusco, tropeço,queda e outros acidentes, provocando a quebra dos ossos.Como se não bastasse, a quebra dos ossos traz uma terrível conseqüência: o encurvamento dos ossos longos como os da coluna, pernas e braços. Além do sintoma aparente da fratura, a doença pode se manifestar através da esclerótica azulada, dentes acinzentados, formato do rosto triangular, deficiência auditiva, dificuldade de locomoção, compressão do coração e pulmões (em casos graves),
sudorese e fragilidade muscular.
As fraturas geradas pela doença são os principais problemas, pois através delas é que se inicia o processo de encurvamento dos ossos. As fraturas ocorrem principalmente na infância por ser uma fase de descobrimentos, peraltices e de falta de conhecimento do problema. Pode ser percebida quando a criança chora de repente de forma alta, quando algum membro da criança não se movimenta ou está
com retenção de calor e inchaço.

Pode ser classificada como:

  • Tipo I: inclui pessoas aparentemente normais com poucas fraturas e deformação nos ossos longos.
  • Tipo II: inclui pessoas que não resistem à doença e falecem logo após o nascimento. É o tipo mais grave da doença.
  • Tipo III: inclui pessoas com um grau variando de moderado a grave, caracterizado pelo formato do rosto, baixa estatura e deformidade nos ossos longos.
  • Tipo IV: inclui pessoas que apresentam gravidade e características heterogêneas da doença.

Tratamento:

O tratamento é feito através de vários produtos nos quais os bifosfonatos e a calcitonina se destacam por inibirem a reabsorção óssea, mas os melhores efeitos são obtidos através da fisioterapia e da alimentação. Devem-se fazer exercícios, independente do local e da hora, além de ingerir alimentos naturais e saudáveis,
evitando álcool, alimentos gordurosos, cafeína e refrigerantes.

Osteoporose

A osteoporose é uma doença que afeta mais as mulheres; e ocorre durante o envelhecimento, acelerando a perda de massa óssea.Algumas mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida podem ajudar a prevenir o aparecimento da osteoporose. Dentre elas podemos citar o aumento na ingestão de cálcio, a prática de atividades físicas, a redução no consumo de álcool e cigarro, etc.


Considerada um grave problema de saúde pública, a osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição da densidade óssea, deixando os ossos fragilizados, o que facilita a ocorrência de fraturas após traumas mínimos. A osteoporose é uma doença que afeta principalmente mulheres na pós-menopausa; e, na maioria dos casos, o paciente só descobre que está com a doença após a primeira fratura.


A fratura do fêmur é um dos tipos de fratura mais graves para o portador de osteoporose. Cerca de 20% das pessoas com esse tipo de fratura morrem em razão da própria fratura ou de complicações ocasionadas por ela, como embolias ou problemas cardiopulmonares. Os 80% restantes podem ficar com algum tipo de incapacidade física.

A osteoporose pode ocorrer em razão de dois fatores, mas para entendê-los é preciso saber que em nosso corpo sempre há a renovação das células dos tecidos; e com o tecido ósseo não é diferente. Em nossos ossos sempre há a substituição das células velhas por células novas, e nesse processo o organismo pode precisar de substâncias (como o cálcio) para fazer essa substituição. Assim, durante esse processo, as células chamadas de osteoclastos escavam os ossos, retirando as células antigas e promovendo a reabsorção óssea; sendo que células chamadas de osteoblastos preenchem a área absorvida com um novo osso. Geralmente, até os trinta anos de idade, essa reposição de células acontece normalmente, mas a partir dessa idade, a pessoa começa a perder massa óssea lentamente. Isso explica por que a pessoa vai diminuindo, conforme envelhece.
Na osteoporose senil, os osteoclastos formam as cavidades para a substituição das células ósseas, mas os osteoblastos não conseguem preencher aquela cavidade da maneira correta, o que deixa o osso fragilizado e propício a fraturas. 

Já a osteoporose provocada pela diminuição ou ausência dos hormônios femininos (estrógenos) ocorre na menopausa em virtude da ausência desses hormônios. Nesse caso, os osteoclastos aumentam sua atividade, produzindo cavidades cada vez mais profundas. Os osteoblastos, por sua vez, também aumentam sua atividade tentando preencher a cavidade, mas isso não é possível, em razão da grande reabsorção que os osteoclastos promovem, provocando, assim, uma diminuição significativa da massa óssea.

O diagnóstico da osteoporose é feito a partir da avaliação da densidade óssea, exame físico, história clínica, exames laboratoriais e radiografias.

O tratamento da osteoporose é feito a partir da ingestão de cálcio, estrógeno, agentes antirreabsortivos, calcitonina, bifosfonatos, vitamina D3 e estimulantes da formação óssea, como fluoreto de sódio, paratormônio e atividades físicas. Toda a medicação prescrita pelo médico atuará na diminuição da reabsorção dos ossos, aumentando a sua formação.


OSTEÍTE DEFORMANTE (doença de Paget)


"A causa da doença de Paget é desconhecida. Apesar dela apresentar uma tendência a ocorrer em família, até o momento não foi descoberto qualquer padrão genético específico. Algumas evidências sugerem a possibilidade do envolvimento de uma infecção viral."

A doença de Paget é um distúrbio crônico do esqueleto, no qual áreas de ossos apresentam um crescimento anormal, aumentam de tamanho e tornam-se mais frágeis. O distúrbio pode afetar qualquer osso. No entanto, os ossos mais comumente atingidos são: os ossos da pelve, o fêmur, os ossos do crânio, a tíbia, os ossos da coluna vertebral (vértebras), as clavículas e o úmero. Nos Estados Unidos, cerca de 1% dos indivíduos com mais de 40 anos apresentam esse distúrbio, o qual raramente ocorre entre os indivíduos mais novos.

Sintomas:

Geralmente, a doença de Paget é assintomática. Quando o indivíduo apresenta sintomas, como a rigidez articular e a fadiga, eles comumente apresentam um desenvolvimento lento e sutil. O paciente pode apresentar dor, aumento de tamanho e deformidades ósseas. As dores ósseas podem ser profundas, algumas vezes intensas, e pioram à noite. Os ossos que apresentam aumento de tamanho podem comprimir nervos e aumentar a dor. Algumas vezes, a doença de Paget acarreta o desenvolvimento de uma osteoartrite dolorosa nas articulações adjacentes. Os sintomas variam, dependendo de quais os ossos afetados.
As vértebras apresentam aumento de tamanho, enfraquecimento e deformações, acarretando diminuição da estatura. As vértebras lesadas podem pinçar os nervos da medula espinhal, causando insensibilidade, formigamento, fraqueza ou até paralisia de membros inferiores.Quando os ossos dos quadris ou dos membros inferiores são afetados, o indivíduo pode apresentar arqueamento dos membros e os seus passos tornam- se curtos e titubeantes.

Diagnóstico e Tratamento:

Freqüentemente, a doença de Paget é descoberta por acaso, quando radiografias ou exames laboratoriais são realizados por outras razões. Por outro lado, o diagnóstico pode ser feito baseando- se nos sintomas e no exame físico. A doença pode ser confirmada pela radiografia que revela alterações características do
distúrbio, e pela análise da dosagem da concentração sanguínea da fosfatase alcalina, uma enzima envolvida na formação das células ósseas.

Se um membro inferior torna-se arqueado, o uso de saltos corretores podem tornar a marcha mais fácil. Algumas vezes, a cirurgia é necessária para aliviar o pinçamento de nervos ou para substituir uma articulação afetada pela artrite. Um bisfosfonato – etidronato, pamidronato ou alendronato – ou a calcitonina podem
ser utilizados para retardar a evolução da doença de Paget. Essas drogas são administradas antes da cirurgia, para evitar ou reduzir o sangramento durante a intervenção.

Elas também são prescritas para tratar a dor intensa causada pela doença de Paget, para evitar ou retardar a progressão da fraqueza ou da paralisia (em pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia) e como uma tentativa para evitar a artrite, o agravamento da perda auditiva e o aumento da deformidade. 


Osteomielite

"A osteomielite corresponde a uma infecção num osso e na medula óssea, normalmente de origem bacteriana, sendo uma doença de evolução aguda ou crônica, capaz de originar complicações extremamente graves."

Embora a infecção seja, na maioria dos casos, de origem bacteriana, também pode ser provocada, excepcionalmente, por vírus ou fungos, tendo em conta que existem várias vias para que os microrganismos cheguem ao osso. De fato, os microrganismos costumam aceder ao osso diretamente do exterior, em caso de fractura exposta ou através de uma ferida penetrante (osteomielite direta), podendo igualmente disseminar-se pelo osso a partir de um foco infeccioso adjacente (osteomielite por contiguidade).
Na maioria dos casos, os microrganismos, normalmente provenientes de outro setor do organismo previamente infectado, chegam ao osso através da circulação sanguínea. Esta forma de osteomielite, denominada hematogênica, apresenta várias características diferentes consoante a sua origem e localização nas crianças e nos adultos. Nas crianças, o microrganismo responsável costuma ser o estafilococo dourado (Staphylococcus aureus) e o foco primário, regra geral, corresponde a uma ferida cutânea, um furúnculo, uma faringite ou uma otite. Nestes casos, a infecção costuma localizar-se num dos ossos longos dos membros, sobretudo no fémur ou na tíbia. Por outro lado, nos adultos, a infecção ao nível dos ossos é provocada, geralmente, por uma propagação via sanguínea de uma infecção urinária ou, em casos mais raros, a partir de uma injeção contaminada, como acontece com os toxicodependentes (heroína). Nestas situações, a infecção costuma localizar-se nas vértebras ou na bacia.


Tratamento

O tratamento da osteomielite passa pela cura da infecção através da administração de antibióticos, normalmente em doses elevadas e durante períodos prolongados, até se ter a certeza de que os micróbios responsáveis pela doença foram completamente eliminados. Por outro lado, é indispensável que a parte afetada permaneça em repouso, devendo ser imobilizada através da aplicação de talas ou de gesso, com o objectivo de diminuir a dor ou de evitar que a infecção se propague.
Caso a osteomielite aguda seja prematuramente tratada, regra geral, obtém-se a cura completa. De qualquer forma, caso esta não responda à terapêutica indicada ou caso se trate de uma osteomielite crônica, deve-se proceder à realização de uma intervenção cirúrgica, sendo esta a única forma de se aceder ao osso para drenar o pus acumulado e reparar os tecidos danificados. Por vezes, pode ser necessário a extração da zona do osso desvitalizada e a sua substituição através de um transplante ósseo.

Doenças do tecido ósseo

"O esqueleto pode ser afetado por várias doenças, algumas delas muito perigosas, caso não sejam detectadas e tratadas prematuramente."


Como são formados por um tecido vivo e em constante renovação, os ossos podem ser afetados por doenças de características semelhantes às que se manifestam em outros órgãos. Este dado é extremamente importante, já que embora exista quem considere erradamente que os ossos são estruturas rígidas e inertes que apenas podem ser danificadas através de traumatismos, existem vários exemplos que provam o contrário.
Na verdade, um osso pode ser, por exemplo, afetado por uma infecção, ou osteomielite, que pode ser tão ou mais perigosa do que a provocada por outros processos semelhantes em outros setores do organismo.
O esqueleto também pode ser afetado por doenças próprias do esqueleto, originadas pela estrutura específica dos ossos e com consequências características, como é o caso da osteoporose, da doença de Paget, do raquitismo e da osteomalacia, patologias que ao provocarem a perda de solidez e resistência dos ossos tendem a originar uma especial sensibilidade às fracturas e deformações ósseas.
Para além disso, existem algumas perturbações dos ossos que, devido ao facto de serem congenitas, provocam problemas muito graves, como é o caso da osteogênese imperfeita, ou alterações anatômicas características, como é o caso do nanismo consequente da acondroplasia.
Por fim, é preciso referir que existem determinados tumores, benignos e malignos, que se podem desenvolver nos ossos, necessitando de um diagnóstico precoce e do seu tratamento adequado. 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Hemofilia

"Doença genético-hereditária que se caracteriza por desordem no mecanismo de coagulação do sangue e manifesta-se quase exclusivamente no sexo masculino."

O gene que causa a hemofilia é transmitido pelo par de cromossomos sexuais XX. Em geral, as mulheres não desenvolvem a doença, mas são portadoras do defeito. O filho do sexo masculino é que pode manifestar a enfermidade.
Existem dois tipos de hemofilia: A e B. A hemofilia A ocorre por deficiência do fator VIII de coagulação do sangue e a hemofilia B, por deficiência do fator IX. A doença pode ser classificada, ainda, segundo a quantidade do fator deficitário em três categorias: grave (fator menor do que 1%), moderada (de 1% a 5%) e leve, acima de 5%. Neste caso, às vezes, a enfermidade passa despercebida até a idade adulta.


Ao cortar um dedo, as plaquetas afluem para a ferida e aglomeram-se até formarem um coágulo (ver amplição na figura ao lado). Desta maneira o corte pode fechar-se e a hemorragia estanca. Pessoas que possuiem hemofilia, devido à falta de tromboquinases, uma das enzimas cogulantes, sofrem de um defeito na coagulação do sangue. Qualquer ferida, mesmo a mais pequena, pode provocar-lhes uma grave hemorragia. Até há poucos anos atrás os hemofílicos estavam condenados a uma vida de sofrimentos. Atualmente a maioria dos casos de hemofilia podem ser controlados de maneira eficaz graças à transfusão de factores de coagulação extraídos do próprio sangue humano.

Tratamento

O tratamento da hemofilia evoluiu muito e, basicamente, consiste na reposição do fator anti-hemofílico. Paciente com hemofilia A recebe a molécula do fator VIII, e com hemofilia B, a molécula do fator IX. Os hemocentros distribuem gratuitamente essa medicação que é fornecida pelo Ministério da Saúde.
Quanto mais precoce for o início do tratamento, menores serão as seqüelas que deixarão os sangramentos. Por isso, o paciente deve ter em casa a dose de urgência do fator anti-hemofílico específico para seu caso e ser treinado para aplicá-la em si mesmo tão logo apareçam os primeiros sintomas.
Deve também fazer também aplicações de gelo, no mínimo, três vezes por dia, por 15 ou 20 minutos, até que a hemorragia estanque.
Vencida a fase aguda, o portador de hemofilia deve ser encaminhado para fisioterapia a fim de reforçar a musculatura e promover estabilidade articular.

Leucemia


"A doença que faz o sangue virar água”


"A simples menção da palavra leucemia geralmente assusta muito as pessoas. Esse medo provém de duas fontes principais. Primeira: as leucemias são muito frequentes em crianças e as famílias atingidas por esse drama transmitem uma imagem dolorosa da doença. Segunda: no passado, leucemias eram enfermidades quase sempre fatais. Dizer que alguém tinha a doença era praticamente um sinônimo de sentença de morte num prazo curto."
Dr. Jacques Tabacof




O termo leucemia significa literalmente “sangue branco”. Talvez por isso algumas vezes a enfermidade é popularmente descrita como “a doença que faz o sangue virar água”. O termo leucemia é utilizado para descrever uma variedade de tipos de câncer que são originados nos tecidos que formam o sangue, na medula óssea. Medula óssea é uma substância viscosa (popularmente chamada de tutano) localizada dentro dos maiores ossos do corpo humano, onde ficam as células-tronco, responsáveis pela produção de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas, que compõem o sangue.

Na leucemia, a medula óssea produz uma grande quantidade de glóbulos brancos doentes, ou imaturos, também chamados de blastos, que ficam impossibilitados de cumprirem sua função normal.

Quando as células leucêmicas começam a se infiltrar na medula, a produção de glóbulos vermelhos saudáveis, plaquetas e glóbulos brancos diminui. Com a diminuição no número de células normais, os sintomas aparecem. Uma baixa contagem de glóbulos vermelhos causa anemia, fadiga e palidez. Uma quantidade abaixo do normal de plaquetas pode resultar em hemorragias e hematomas. E a deficiência de glóbulos brancos faz com que o corpo não tenha como se defender de infecções, vírus e bactérias.
Se glóbulos brancos maduros começam a aumentar excessivamente, o paciente passa a ter pouca ou nenhuma resistência contra outras doenças.
A leucemia pode se desenvolver em adultos e crianças, homens e mulheres. Assim como outros tipos de câncer, ela não é contagiosa. Não se "pega" leucemia, a doença surge através de um desequilíbrio nas células que formam o sangue. Ainda não são conhecidas todas as causas para o surgimento da doença, mas alguns indícios que podem aumentar a probabilidade de seu desenvolvimento: exposição a determinadas substâncias (como por exemplo o benzeno) ou radiações, quadros de anemia grave e predisposição genética são alguns destes fatores.

Tratamento:

Pesquisas estão levando a avanços nos tratamentos da leucemia através de vários remédios, imunoterapia, transplante de células tronco, quimioterapia e radioterapia. Remédios podem bloquear a proteína anormal presente na maioria das células de leucemia, o que as mata. Imunoterapia é um tratamento que usa células imunológicas ou anticorpos que combatem a leucemia ou impedem que ela piore. A idéia é eliminar as células de leucemia em um tratamento menos tóxico para as células normais.

Anemias devido a carência



As causas da Anemia por deficiência de ferro por exemplo, tanto em crianças como em gestantes, são basicamente o consumo insuficiente de alimentos fontes de ferro e/ou com baixa biodisponibilidade. Na gestante, pode-se destacar também as baixas reservas de ferro pré-concepcionais e a elevada necessidade do mineral em função da formação dos tecidos maternos e fetais.


Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência. As anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. Porém, a Anemia causada por deficiência de ferro, denominada Anemia Ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de Ferro). O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua principalmente na síntese (fabricação) das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do corpo.
 Crianças, gestantes, lactantes (mulheres que estão amamentando), meninas adolescentes e mulheres adultas em fase de reprodução são os grupos mais afetados pela doença, muito embora homens - adolescentes e adultos - e os idosos também possam ser afetados por ela.



Recomendações
  • Palidez, gengivas esbranquiçadas, unhas descoloridas podem ser sinal de anemia. Procure um médico para diagnóstico e tratamento, se necessário;
  • Optar por uma alimentação saudável e variada é indispensável para prevenir a ocorrência de anemias causadas por carência nutricional;
  • O risco de anemia aumenta na gestação e durante o aleitamento materno, nos primeiros anos de vida das crianças e nos idosos.

Anemia Falciforme


"A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos."


A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, causada por anormalidade da hemoglobina dos glóbulos vermelhos do sangue, responsáveis pela retirada do oxigênio dos pulmões, transportando-os para os tecidos. Esses glóbulos vermelhos perdem a forma discoide, enrijecem-se e deformam-se, tomando o formato de “foice”. Os glóbulos deformados, alongados, nem sempre conseguem passar através de pequenos vasos, bloqueando-os e impedindo a circulação do sangue nas áreas ao redor. Como resultado causa dano ao tecido circunvizinho e provoca dor. O curso da doença é variável. Há doentes que apresentam problemas sérios com mais freqüência e outros têm problemas esporádicos de saúde.

Geralmente é durante a segunda metade do primeiro ano de vida de uma criança que apareceram os primeiros sintomas da doença. Exceção é feita nos casos onde o exame de sangue – para detecção da doença – foi realizado já no nascimento ou no berçário. Até atingir a idade escolar é comum à doença se manifestar; é raro isso não ocorrer. A anemia falciforme não deve ser confundida com o traço falciforme. Traço falciforme significa que a pessoa é tão somente portadora da doença, com vida social normal.
É importante que pessoas que possuem esta anemia façam repouso moderado, evitando exercícios muito pesados. Devem também alimentar-se com legumes, verduras, frutas e carnes, e ingerir bastante líquidos. É importante agasalhar-se durante o período de frio, usar roupas leves durante o verão e usar sempre sapatos e meias para evitar machucados nas pernas. Se apresentar crises leves de dor, sem febre, deve aumentar a ingestão de líquidos e usar remédios para dor. Se houver febre ou crises que melhoram, procurar o hospital.

Sintomas

  • Crise de Dor: Causado pela obstrução de pequenos vasos pelos glóbulos vermelhos em foice.
  • Icterícia: É o sinal mais frequente da doença. Quando o glóbulo vermelho se rompe, aparece um pigmento amarelo no sangue que se chama bilirrubina
  • Síndrome mão-pé: Nas crianças pequenas as crises de dor podem ocorrer nos pequenos vasos das mãos e dos pés causando inchaço, dor e vermelhidão no local.
  • Infecções bacterianas: Podem ocorrer infecções freqüentes localizadas na garganta, pulmões e ossos, e podem ser muito graves e até fatais.
  • Úlceras nas pernas: ocorrem, freqüentemente, próximas aos tornozelos.
  • Sequestro de sangue no baço: O afoiçamento dos glóbulos no baço pode levar ao seqüestro do sangue. Há palidez e dor no baço e é uma emergência.

Tratamento

Não há tratamento específico para a anemia falciforme, uma doença para a qual ainda não se conhece a cura. Os portadores precisam de acompanhamento médico constante (quanto mais cedo começar, melhor o prognóstico) para manter a oxigenação adequada nos tecidos e a hidratação, prevenir infecções e controlar as crises de dor.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Patologias do Sangue

Sintomas gerais das doenças do sangue
  • Cor anômala;
  • Palidez, rubor pronunciado ou íctero;
  • Maior viscosidade do sangue;
  • Fadiga;
  • Hemorragias excessivas;
  • Hematomas;
  • Pequenas manchas vermelhas na pele;
  • Articulações inchadas e doridas;
  • Falta de fôlego;
  • Predisposição para as infecções.


Importante saber:

As doenças do sangue podem ser adquiridas ou hereditárias; podem surgir em todos os processos que participam na formação das células sanguíneas ou nos próprios componentes do sangue. Muitas doenças graves como hepatite e SIDA podem ser transmitidas com o contacto sanguíneo direto. No caso de uma transfusão é necessário averiguar que o sangue seja imune a estas doenças. Na maioria dos países desenvolvidos este controle é realizado de maneira sistemática. Um veículo para as doenças que se transmitem através do sangue podem ser as seringas contaminadas. É por esta razão que nos países desenvolvidos usam-se somente seringas descartáveis.
Nos países mais pobres, por falta de recursos, as seringas são reaproveitadas e a esterilização nem sempre é cuidadosa. É necessário, portanto, ter muito cuidado na hora de tomar uma injeção ou de fazer uma transfusão se for viajar para o exterior. Se tiver alguma dúvida a respeito do sangue ou da seringa a serem utilizados, é melhor recusar o tratamento.